
Se você venceu uma ação judicial contra o governo, é possível que tenha direito a uma Requisição de Pequeno Valor (RPV). Mas afinal, qual é o prazo para pagamento de RPV? Como esse processo funciona e o que fazer caso o pagamento atrase?
Neste artigo, vamos esclarecer todas essas dúvidas com base em informações atualizadas e práticas para você entender seus direitos.
A Requisição de Pequeno Valor, ou RPV, é uma forma de pagamento de dívidas judiciais por parte da União, Estados ou Municípios. Ela é utilizada quando o valor devido ao credor não ultrapassa um determinado limite legal.
A expedição de documentos RPV está previsto no artigo 100 da Constituição Federal e regulamentado por leis específicas em cada esfera de governo (federal, estadual e municipal). Ele se aplica a condenações judiciais de pequeno valor (abaixo do teto definido por lei, no caso de precatórios federais, 60 salários mínimos) e tem como objetivo agilizar o pagamento de credores, sem a necessidade de esperar anos como acontece nos precatórios.
Enquanto o RPV é pago em prazos mais curtos e aplica-se a valores menores, o precatório refere-se a dívidas judiciais acima do limite legal, com prazos mais longos e maior burocracia. Essa distinção impacta diretamente no prazo para pagamento de RPV, que costuma ser significativamente menor.
O prazo para pagamento de uma RPV varia conforme o ente público responsável (União, Estado ou Município), mas em geral gira em torno de 60 dias, ou dois meses, após a requisição ser protocolada no tribunal.
Para que o prazo legal comece a contar, é necessário que o processo esteja transitado em julgado (sem possibilidade de recurso) e que a requisição tenha sido formalizada e enviada ao setor responsável do tribunal. A partir daí, o ente público tem o dever legal de realizar o pagamento dentro do prazo estabelecido.
Quando o prazo para pagamento de RPV não é respeitado, o credor pode recorrer a medidas legais para exigir o cumprimento da obrigação.
O atraso no pagamento pode gerar atualização monetária e juros de mora. Para o credor, isso significa ter que aguardar mais tempo e, possivelmente, enfrentar novos trâmites burocráticos, porém o valor segue sendo atualizado.
Saber em que etapa o seu processo está é essencial para garantir que o prazo de pagamento seja cumprido corretamente.
Cada tribunal oferece seu próprio sistema de consulta do RPV online. Os principais são:
Ao verificar o status do RPV, é importante observar a data de requisição e se o pagamento já foi disponibilizado no banco indicado (geralmente Banco do Brasil ou Caixa Econômica Federal). Se o prazo legal já tiver passado, vale buscar apoio jurídico.
Alterações na legislação e decisões judiciais recentes podem afetar diretamente os prazos para pagamento de RPVs. Como foi o caso da PEC dos Precatórios, que impactou em atrasos de pagamentos devido aos limites orçamentários estabelecidos na esfera Federal.
Alguns estados e municípios têm revisado os limites para definição de RPV, o que pode impactar tanto a classificação quanto o prazo de pagamento. Mudanças orçamentárias também podem afetar a celeridade da quitação.
Com a crescente digitalização do Judiciário e pressão por mais eficiência na administração pública, espera-se que os prazos para pagamento de RPV se tornem mais padronizados e transparentes nos próximos anos.
Em contrapartida, notícias atuais também indicam o impacto fiscal nas contas do governo do volume crescente de precatórios e RPVs. Especialistas prevêem que em breve o Governo deverá tomar novas medidas para limites de gastos.
Embora o processo de RPV seja mais ágil do que o de precatórios, ainda pode apresentar atrasos e complicações.
Contar com um advogado especializado é essencial para garantir que os prazos legais sejam respeitados e para agir rapidamente em caso de atrasos ou irregularidades.
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